Sessões científicas e debate com foco no cenário latino-americano marcam o 3º dia do BLC 2025

O terceiro dia de programação da 15ª edição do Brazilian Lymphoma Conference...

O terceiro dia de programação da 15ª edição do Brazilian Lymphoma Conference (#BLC2025) começou nesta sexta-feira (11) com a sessão de Linfoma de Hodgkin, moderada pelos Drs. Samir Kanaan Nabhan (UFPR) e Valéria Buccheri (HC/FMUSP). Na primeira aula da sessão, o Dr. Otávio Baiocchi abordou o tema “Quem ganhará o duelo da primeira linha: BRECADD ou Nivo-AVD?”, em uma comparação entre os dois esquemas terapêuticos de primeira linha para linfoma de Hodgkin em estágio avançado. 

“Os estudos robustos apresentados mostraram os melhores resultados para o tratamento. Já aprendemos que [linfoma de] Hodgkin não é tudo igual e, por isso, a melhor resposta virá com o entendimento do microambiente do paciente”, opinou sobre os estudos apresentados.

Na segunda palestra do dia, a Dra. Anna Sureda Spain, do Institut Catalá D'oncologia - Hospital Duran I Reynal, abordou o tema “Tratamento do linfoma de Hodgkin recidivado/refratário (LH RR): cura ou cronificação? Como escolher a direção?” em que levantou uma das questões mais relevantes e complexas da prática atual. Com os avanços terapêuticos, especialmente o uso de anticorpos conjugados e imunoterapias, muitos pacientes com LH RR têm alcançado respostas duradouras mesmo após falha de múltiplas linhas. 

No momento de perguntas e respostas, os moderadores Samir Kanaan Nabhan (UFPR) e Valéria Buccheri (Hospital Das Clínicas da FMUSP) exaltaram a importância da sessão que, em 2025, traz muitas novidades e opções terapêuticas. Para a palestrante Anna Sureda, no Linfoma de Hodgkin, temos um entendimento mais fácil em relação ao [Linfoma] Não-Hodgkin. Devemos aprender com todas as informações e devemos investir em estudos clínicos prospectivos para contribuir com a prática clínica” ao comentar também sobre os avanços nos tipos de biópsias. 

O Dr. Otávio Baiocch afirmou que o mais importante na escolha de tratamentos é a avaliação das toxicidades e depende de paciente a paciente.

Projetos Cooperativos para a América Latina

Destaque do BLC 2025, a sessão de projetos colaborativos na América Latina trouxe insights valiosos para a realidade local, tanto sobre características próprias quanto para a produção de conhecimento dos países do bloco. 

Na abertura, Andrés Ferreri, da Grupo Américo Vespúcio (ítalo-brasileiro), exaltou os benefícios de um intercâmbio entre países em todos os aspectos de avanços de tratamento. O professor Luis Malpica Castillo, da University Of Texas Md Anderson Cancer Center e à frente do do Grupo de Estudio Latino-Americano de Linfoproliferativo (GELL) e, revelou que a  pesquisa em países de baixa e média renda é viável e fornece insights valiosos local e globalmente e que subsídios internacionais e publicações de alto impacto são alcançáveis ​​com persistência

O professor Massimo Frederico, da University Of Modena And Reggio Emilia e também membro da AIBE (Associação Ítalo-brasileira de Hematologia), fez um retrospecto dos trabalhos do grupo internacional de pesquisa em CAR-T Cell para doenças linfoproliferivas - as atividades tiveram início em 2005, com a realização de uma reunião no congresso americano, ASH. Na sequência, o professor Guilherme Duffles, da Unicamp e da Rede D’Or apresentou dados preliminares do Primary Extranodal Lymphoma Effort (PELÉ), um estudo multicêntrico com centros brasileiros. 

“Este é o primeiro estudo brasileiro que olha para a incidência de linfoma extranodal e observamos que o estômago foi o local mais comumente afetado, sendo o linfoma MALT o subtipo mais frequentemente observado neste órgão”, completou Massimo antes da sessão de perguntas e respostas, mediadas por Carlos Chiattone e Maria Alejandra Torres Vieira, da Universidad Central De Venezuela.

A sessão foi encerrada com perguntas e respostas mediadas por Carlos Chiattone e Maria Alejandra Torres Vieira, da Universidad Central de Venezuela. “Para mim, é um prazer ver a evolução e consistência de todos os projetos apresentados aqui esta tarde”, disse.

Sessões finais do dia

A sessão “Perguntas diretas e respostas concisas”, moderada pelos Drs. Carmino de Souza e Yung Bruno de Mello Gonzaga, do INCA, os debatedores Celso Arrais São Paulo, Rafael Gaiolla e Daniel Tabak, recebeu diversos questionamentos da audiência. A última sessão deste terceiro dia de #BLC2025 contou com especialistas para apresentar e repercutir Novas Gerações de Terapias Avançadas em Linfomas, com moderação dos Drs. Renato Cunha e Eduardo Rego.

Acesse o evento e acompanhe online em: https://www.abhheventos.com/blc2025